A oposição afirmou que houve obstrução na observação das atas eleitorais em diversos centros de votação, o que impossibilitou a verificação independentemente dos resultados. Eles alegam que, nas atas que conseguiram verificar, Edmundo González teria recebido cerca de 70% dos votos, enquanto Maduro teria obtido apenas 30%​.

Além disso, o Ministério Público venezuelano abriu uma investigação criminal contra os organizadores das primárias da oposição, acusando-os de crimes como usurpação de funções, usurpação de identidades, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Esta ação foi vista como uma tentativa de deslegitimar a oposição antes das eleições presidenciais​.

No cenário internacional, países como China, Rússia, Irã, Catar, Síria, Cuba, Honduras, Bolívia e Nicarágua reconheceram a vitória de Maduro. Por outro lado, os Estados Unidos e a União Europeia expressaram preocupações sobre a transparência do processo eleitoral e não reconheceram os resultados imediatamente, pedindo uma contagem detalhada dos votos e maior acesso às informações dos centros de votação​.

Essa complexa situação reflete a profunda polarização e a desconfiança nas instituições eleitorais da Venezuela, exacerbando a crise política e social no país.

A situação política na Venezuela apresenta diversos riscos, tanto internos quanto externos, que podem afetar a estabilidade do país e a região. Aqui estão alguns dos principais riscos políticos na Venezuela:

Fraude Eleitoral e Contestação de Resultados:

• As recentes eleições presidenciais, onde Nicolás Maduro foi declarado vencedor, estão sendo amplamente contestadas pela oposição e pela comunidade internacional. A oposição alega fraudes significativas, incluindo obstrução na observação das atas eleitorais e manipulação de votos​ ​. A contestação dos resultados pode levar a protestos e agitações civis, aumentando a instabilidade.

Repressão Política:

• O governo de Maduro tem sido acusado de reprimir a oposição política e ativistas, com prisões e perseguições legais. A investigação criminal contra os organizadores das primárias da oposição, acusados de vários crimes, é um exemplo dessa repressão​​. Essas ações aumentam a tensão política e podem desencadear respostas violentas.

Crise Econômica e Social:

• A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica, caracterizada por hiperinflação, desemprego e escassez de bens essenciais. As sanções internacionais, principalmente dos Estados Unidos, agravaram essa situação. A crise econômica alimenta o descontentamento popular e a emigração em massa, exacerbando a instabilidade social e política.

Interferência Internacional:

• A polarização internacional em relação ao governo de Maduro aumenta o risco político. Enquanto países como China e Rússia apoiam Maduro, outros, como os Estados Unidos e membros da União Europeia, exigem transparência e questionam os resultados eleitorais​. Essa divisão pode levar a uma maior intervenção externa, seja através de sanções adicionais ou apoio à oposição.

Conflitos Internos:

• A fragmentação dentro da oposição e a falta de unidade clara podem dificultar a formação de uma frente coesa contra o governo de Maduro. Além disso, a violência nas ruas entre forças governamentais e manifestantes oposicionistas pode aumentar, levando a um ciclo de repressão e resistência​.

Legitimidade Governamental:

• A falta de confiança nas instituições governamentais, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mina a legitimidade do governo e pode levar a uma maior desobediência civil e resistência organizada. Isso também pode incentivar golpes de estado ou tentativas de insurreição​.

Esses fatores combinados criam um ambiente de alto risco político na Venezuela, com implicações significativas para a segurança e a estabilidade regional.

Este cenário impacta também na decisão das Seguradoras de Crédito em estabelecer linhas de apoio aos exportadores que negociem com importadores Venezuelanos.

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